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História

Resumo da história do município, baseado no livro de Arnaldo Nogueira: “Perfil Histórico de Caldazinha”.

            Geograficamente, estamos situados num altiplano de 866 metros, numa área de 312,8 km², o clima predominante é tropical úmido. Seus limites, ao Norte com os municípios de Bonfinópolis e Leopoldo de Bulhões, a Oeste com Senador Canedo e ao Sul com Bela Vista de Goiás. Sua posição é a microrregião Meia Ponte a sudeste do Estado. Nossa distância da capital. Goiânia, é de 29 km.

            Fazíamos parte do município de Bela Vista de Goiás e, pela resolução municipal n° 16 de 04 de outubro de 1957, de autoria do Vereador José Rosa Botelho, na gestão do Prefeito Sebastião Lobo, foi criado o distrito de Caldazinha.

            Uma curiosidade, o nome Caldazinha foi assim escolhido devido à condição geográfica do patrimônio, situada entre o rio Caldas e o ribeirão Sozinha…

           A região onde se situa o município tem uma história peculiar, remonta ao tempo do Império, por ela passava a estrada Real que demandava à Vila Boa, hoje cidade de Goiás, caminho obrigatório das caravanas, tropas e comitivas de boiadeiros que para lá se destinavam.

            Essa estrada atravessava um córrego de águas correntes e cristalinas, hoje o manancial que abastece a cidade e, em uma de suas margens, havia um ponto de parada de descanso e pernoite. Conta a história oral tradicional, que uma caravana que ali acampara, com os mantimentos reduzidos, encontraram por perto uma roça de milho, já secos, colheram algumas espigas e cozinharam os grãos inteiros. Desse fato decorrente, passaram a denominar a localidade como “Milho Inteiro”, inclusive o córrego.

            Em meados de 1937 nessa região, os primeiros fazendeiros moradores depararam com uma situação deprimente, os familiares falecidos tinham que ser transportados em lombos de animais, carros de boi ou pau-banguê, para o sepultamento em cidades vizinhas. Imaginem o grau de dificuldades, principalmente em tempos de chuvas…

            Um dos moradores da região, João Salviano do Nascimento, aventou a ideia de se criar um patrimônio para ser a estrutura da construção de um cemitério. Uniram-se e, em terras doadas por Antônio Gouveia, Saturnino Rodrigues Siqueira, Macário Marques de Araújo e outros cinco, cujos nomes não são lembrados, num total de oito alqueires, constituíram o patrimônio.

            Procedeu-se através de mutirão, organizado por João Marques Pinto, a derrubada das matas, que após concluída, José Inácio d’Abadia, com madeira tirada do lugar, lavrou e fincou uma cruz no local, simbolizando a esperança e a luta de um povo pioneiro. Uma pequena igreja de pau-a-pique, coberta de palha foi erguida nesse terreno. O Padre Francisco de Salles Plecat, celebrou a primeira missa, assistida pelos moradores da região e de lugares mais distantes.

            Em torno, após demarcações, foram doados os lotes e as construções das primeiras moradias. A pequena igreja sofrendo modificações, abrigou a escola pioneira dos professores Jeovando e André “alemão”.

            Entre os melhoramentos da localidade, ocorreu a da nova fachada da igreja e com a doação da imagem da padroeira Nossa Senhora da Abadia, pela primeira dama do município de Bela Vista de Goiás, foi estabelecida a data comemorativa de 15 de agosto como a festa da padroeira. No dia 16 de outubro de 1047, em escrituras passadas pela Cúria de Goiás, as terras desse patrimônio foram doadas em favor da Santa.

            Em consulta à Revista UFG 11, A TOPONÍMIA E A ESTRADA DE FERRO DE GOIÁS de Paola Santiago dos Santos Gonçalves, que se inicia com a citação: Finalmente, só a estrada de ferro possui o mágico poder de transformar regiões despovoadas em verdadeiras cidades (A Informação Goyana). Com isso e com o conteúdo riquíssimo dessa revista, que pesquisa a denominação das estações ferroviárias durante a chegada dos trilhos no chão goiano, ocorrendo entre os anos de 1911 a 1952, nos traz o contexto dos acontecimentos da nossa história. Outrossim, destaca-se o fato de que Caldazinha, fugiu em parte à regra acima, pois apesar dos trilhos passarem em nossa região, não houve uma estação para se crescer em volta.

            No século XIX, não havia meios adequados para que mercadorias chegassem aos compradores em tempo hábil e sem comprometimento de sua qualidade. Para a inserção do comércio goiano na economia capitalista, cumpria um transporte que ligasse o sertão goiano a Minas Gerais; fazia-se, portanto, necessária a construção de uma estrada de ferro. Todavia, a escassez de capital fez com que o Centro-Oeste continuasse isolado da rede ferroviária. Somente em 23 de setembro de 1909, o Governo Federal, com a missão de alcançar o Estado de Goiás mediante as linhas mineiras, criou a Companhia Estrada de Ferro de Goiás. Ao findar o ano de 1952 a extensão da E. F. G. era de 477, 883 quilômetros, foi de suma importância para a economia goiana.

            Esse preâmbulo foi necessário para demonstrar como a passagem da estrada de ferro que penetrava no Planalto Central, foi um acontecimento marcante e tumultuado.

            Apesar dos trilhos não chegarem até o patrimônio, passou por Leopoldo de Bullhões, o acampamento dos trabalhadores ou turmeiros da estrada de ferro, passaram a fazer contato com os moradores do lugar. Tal qual nômades, vivendo em acampamentos, trabalho duro, homens carentes numa currutela do interior com gente simples, foi o que precisavam para aflorar seus males, frustações e mágoas. Nos fins de semana e feriados, vinham ao patrimônio, promovendo verdadeiras badernas, causando sérias desavenças entre eles e os moradores. Segundo pode se firmar, aconteceram coisas desde esfaqueamentos até mortes, somando à má fama do lugar.

            João Salviano do Nascimento, um dos pioneiros astuto e defensor de “Milho Inteiro”, pediu providências ao município de Bela Vista de Goiás, devido ao precário policiamento. Nomearam lhe “Inspetor”, formou com o voluntarismo de alguns homens, os chamados “bate-paus”, a defesa da comunidade.

            Teve início as ações de contenção aos turmeiros e suas algazarras, que eram presos e amarrados ao tronco de um pau-terra, por não haver no patrimônio, uma cadeia. De acordo com a ocorrência dos fatos, após algumas horas eram liberados e os casos mais graves eram encaminhados às autoridades da sede municipal.

            Apesar do fato do patrimônio ter sido elevado à categoria de Distrito, não foram sanadas as dificuldades administrativas e, a realidade vigente era de completo abandono, porém, por ocasião das campanhas políticas, o assédio dos demagogos era inevitável com suas vãs promessas, por tudo isso o desejo explícito pela emancipação foi despertado.

            Um outro fato turbinou esse desejo, Caldazinha correu o risco de perder a categoria de Distrito, desmembrando-se de Bela Vista de Goiás, agregando-se ao município de Senador Canedo. Os motivos intencionais do referido município foram levados em debate na Assembleia Legislativa. Liderados por Alvito José Jorge, o prefeito de Bela Vista de Goiás, uma comissão de cidadãos do Distrito nas pessoas de João Marques Pinto, Brás Monteiro da Silva, João Batista Alves Gouveia, Manoel Ferreira da Silva, José Jerônimo Marques, Miguel José de Souza, Antonio Teixeira Sobrinho, Antonio Marques Esteves, Elias Jorge Miguel e Bartolomeu Marques de Paula e um abaixo assinado, lograram êxito em defesa da causa.

            A expectativa com a emancipação aumentou, no decorrer do ano de 1989, Alvito José Jorge, inicia e lidera esse trabalho colaborado com o autor do projeto, deputado Warner Carlos Prestes. Após praticamente três anos, realiza-se o plesbicito. De um total de 1025 eleitores, compareceram 722, votaram pelo “Sim” 678 e, pelo “Não” apenas 26, votos em branco 4 e nulos 14. Promulga-se, finalmente, pelo então Governador do Estado de Goiás, Iris Rezende Machado a LEI Nº 11.699, DE 29 DE ABRIL DE 1992, que cria o Município de Caldazinha, desmembrando do Município de Bela Vista de Goiás.

            No dia 03 de outubro de 1992, realizou-se a primeira eleição municipal de Caldazinha,  foi eleito Prefeito, o benfeitor e emancipador, Alvito José Jorge, tendo como vice Francisco Floriano Dutra, com os Vereadores: Deusmaria Aparecida Batista Sampaio, João Batista Alves Gouveia, Venerando Dutra de Aquino, José Alberto Marques, Francisco Cardoso Teixeira, Jason Alves Rosa, Carmus Jesus de Matos, Antônio Teixeira Sobrinho, Maria Helena da Silva Moraes e primeiro suplente Neltair Faleiro Siqueira.

            Após esse breve resumo, vamos nos adiantar até esse ano de 2021, com as eleições municipais realizadas em 15 de novembro de 2020, foi eleita a Senhora Solange Maria Gouveia Castro como prefeita, juntamente com os Vereadores: Marcelo Ferreira de Melo – Presidente, Rafael Alexandre Teixeira – Vice, Fernanda Porto Camilo – 1ª Secretária, Luís Márcio Gouveia – 2º Secretário, Breno Gonçalves da Silva, Carlos Vinhandele de Alcântara, Filipe Siqueira de Freitas, José Henrique da Silva, Lucas Alves Ferreira.

            Cumpre aqui ressaltar, dessa nova administração, seu compromisso com a Verdade, transparência nas ações políticas e administrativas, retribuindo à população a confiança nela depositada. A nova Gestora Municipal tem como principal objetivo, cumprir o plano de governo estabelecido durante a campanha da eleição, não medindo esforços para concretizar o estabelecido.

            Dentre suas metas, destacamos:

            Valorizar o comércio local incentivando as compras no mesmo e retirar os entraves

                burocráticos;

            Adquirir terrenos para implantação de pequenas e médias empresas, que gerem

   empregos, com o devido suporte de um serviço público de qualidade;

Criar convênios com o SENAI e SENAC para o preparo técnico de nossos jovens que

    anseiam pelo primeiro emprego;

Inclusão digital no município, criando rede de Wi-Fi em praça pública, objetivando,

   primordialmente, o ensino on-line aos estudantes;

Criar ou reabrir uma agência bancária para a população em geral e com apoio aos

                produtores rurais.

Texto por: Eurindo de Oliveira Barros Filho